By: Raziel Silver
Para quem viveu os estranhos anos 90, nada é mais confortante do que lembrar de um anime que abriu as portas brasileiras para outros do Japão.
Cavaleiros do Zodíaco parecia um desenho esquisito, pois misturava mitologia grega, violência, horóscopos chinês e ocidental e a velha forma de uma equipe de amigos bem jovens enfrentando inimigos poderosos e impiedosos.
Eu já era mais que um adolescente em 1994, quando estreou o desenho. Lembro que estava olhando a extinta Manchete quando começou uma imagem de destruição e guerra na Terra, com o narrador falando sobre os Cavaleiros do Zodíaco sempre surgirem nesses tempos... me viciei no mesmo instante.
Com o tempo, fui conhecendo cada um dos personagens e suas motivações.
O Hiyoga era arrogante pra baralho; o Shun, bom... era o Shun; o Shiryu era a honra em pessoa; Ikky, o rebelde; e o Seiya era o mané por quem 99% das minas do desenho eram ixeplicavelmente apaixonadas.
Sério. Só escapavam a amazona Marin (que na época poderia ser a irmã desaparecida dele) e a doce Shunrei (que vivia correndo atrás do cego do Shiryu...ops! desculpa).
Algo que me dava raiva, mesmo sendo fã incondicional do anime, era a burrice e moleza da Saori Kido/Atena, que repetia o mesmo modo de agir: se entregava facilmente ao inimigo para que os cavaleiros de bronze lutassem e a salvassem no último segundo. Essa fórmula só fucionou bem na baltalha das Doze Casas, quando os adversários eram os poderosos Cavaleiros de Ouro enganados pelo falso Mestre do Santuário, Ares, que na verdade era o Saga de Gêmeos.
Saga mostra que é do Mal ao não pagar as contas atrasadas da locação dos filmes pornôs que alugou |
Mas eu não culpo o cara. Ter dupla personalidade deve ser bastante difícil. O Saga acabou enfraquecendo seu lado bom e o Ares tomou o controle de sua mente.
Com a Saga de Hades, vimos a redenção do personagem, assim como a de Kanon, seu irmão gêmeo.
Mas no momento estamos falando do anime que passou no Brasil nos anos 90.
Os Cavaleiros do Zodíaco estrearam no tempo certo, pois a quantidade de mutilações e mortes que o anime mostra, o proíbem de passar na íntegra pela tv aberta atualmente.
Ver o Shiryu furar os olhos; Seiya ter a cabeça arrebentada no Escudo do Dragão; Ikky cozinhar o Jango no vulcão da Ilha da Rainha Morte; e outros finais nada delicados, provam que tive muita sorte em poder assistir tudinho sem nenhum corte pseudo-moralista idiota.
Bem, no momento é tudo o que vou dizer sobre os 20 anos de Cavaleiros do Zodíaco no Brasil.
Fiquem com um vídeo que compila as aberturas do anime que nos ensinou a elevar o Cosmo.
Longa vida, Cavaleiros!
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